O que pode desencadear os transtornos alimentares?




Transtornos alimentares podem ser desencadeados por diversos motivos. Em indivíduos muito jovens até mesmo o impacto de mudanças de ambientes podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno.

Uma pesquisa americana, feita com mulheres com idade entre 17 e 64 anos, e que sofriam de transtornos alimentares por uma média geral de até 20 anos (sim, os trantornos alimentares podem ser diagnosticados na velhice) procurou saber quais eram os principais gatilhos desencadeatores desse tipo de condição. Em indivíduos muito jovens, a mudança de cidade ou de vizinhança podia ser tão traumática que contribuia para desencadear o processo.

Mas a falta de apoio da família ou dos amigos após um grande trauma – como a perda de alguém próximo –, problemas de relacionamento e, nos piores casos, abuso sexual, também são fatores chave para modificar os padrões alimentares de forma que eles cheguem ao ponto do transtorno.

As conclusões do estudo feito por Jerica Berge, da Universidade de Minnesota, e publicadas no periódico Journal of Clinical Nursing, são que eventos de transição – mudanças, viuvez, finais de relacionamentos ou de fundo sexual – são um dos principais fatores para desencadear trantornos alimentares como a anorexia e bulimia nervosa ou outros subtipos.

Veja alguns desses eventos, que a autora indica como potencialmente muito traumáticos:

1. Mudança de escola. A adaptação em novos ambientes pode ser um grande desafio para crianças e adolescentes, principalmente quando os antigos amigos e a família ficaram muito longe (em outra cidade, por exemplo).

2. Problemas dentro de um relacionamento afetivo. Terminar um namoro, noivado ou casamento também contribui para traumas muito fortes para algumas pessoas e isso pode modificar radicalmente o padrão alimentar.

3. Morte de alguém próximo. O luto pela perda de alguém da família ou de um amigo muito próximo, e a falta de apoio emocional adequado por parte daqueles ao redor de um indivíduo, são uma combinação potencialmente negativa para os transtornos alimentares.

4. Mudança de casa ou de emprego. Em jovens adultos a mudança de casa – quando se vai para a faculdade ou por motivo de casamento, por exemplo – ou o repentino desemprego – e consequente nova readequação em um novo ambiente de trabalho – é outro fator importante a ser observado. Nesses casos, o sentimento de solidão foi o mais lembrado pelas mulheres que participaram da pesquisa.

5. Sofrer inesperadamente de uma doença grave e eventos como hospitalização. Achar que perdeu o controle sobre sua saúde e seu organismo pode fazer com que alguns indivíduos tentem focar seu o máximo da sua força de vontade controlando o que se come.

6. Violência e abusos sexuais. Vítimas de eventos de abusos e violências sexuais também podem desenvolver diversos tipos de transtornos alimentares. Enquanto alguns indivíduos controlam a ingestão, outros podem ter o consumo exagerado. O modo como nos alimentamos tem um forte componente emocional, é bom lembrar.

“Identificar esses gatilhos, esperamos, pode ajudar muitos profissionais de saúde e pacientes a ficarem atentos para realizarem testes para possíveis transtornos alimentares e reverterem de forma eficaz uma condição que possa estar se intalando”, finaliza Berge.


Fonte: oqueeutenho.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O que são Esquemas Desadaptativos?

Os 4 temperamentos da personalidade

Pare de se maltratar: o dano da autopunição