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Mostrando postagens de dezembro, 2010

Jogo Patológico: características, fases e tratamento

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Um conceito antigo, o “modelo moral”, afirmava que o jogo excessivo era considerado um vício. O jogador era considerado um sujeito fraco, egoísta e irresponsável. Hoje, a comunidade científica afirma categoricamente que o jogo patológico não é um vício, não é um defeito moral, mas é considerado uma doença – modelo médico. À parte desse modelo médico, o jogo pode ser considerado um problema de controle. Considerar o jogo como doença permite um deslocamento da responsabilidade da ação do jogador a um processo de doença insidioso. A adição ao jogo não é somente jogar muito dinheiro ou perder muito tempo, a grande diferença entre um jogador adicto e o jogo de um jogador social é que este controla seu comportamento de jogar, estabelece limites para sua conduta. O adicto deixa de jogar quando o dinheiro acaba ou quando os familiares vêm buscá-lo. O controle de seu comportamento é externo, ele perde tal domínio quando joga. Uma particularidade que distingue o jogador adicto do jogador soc

A Fobia Social

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De acordo com o DSM-IV (APA, 1994), a fobia social se caracteriza por um medo irracional, persistente e intenso de uma ou várias situações sociais ou de desempenho, onde o sujeito está em contato com pessoas não familiares ou exposto à eventual observação atenta de outra pessoa. A ideia de ser confrontado com tais situações provoca uma significativa ansiedade antecipatória pelo receio de agir de forma humilhante ou embaraçosa. O medo de situações sociais leva a pessoa a evitá-las para não se deparar com uma situação ansiogênica* ou até aversiva. As situações de desempenho mais temidas são:  falar em público,  comer e beber na frente dos outros,  urinar em banheiro público entrar em uma sala onde já existam pessoas sentadas. As situações de interação incluem:  conversar ao telefone,  falar com estranhos,  participar de reuniões sociais,  interagir com o sexo oposto,  lidar com figuras de autoridade,  devolver mercadoria numa loja, manter contacto visual com pesso

TCC na Fibromialgia

Pacientes com fibromialgia (FM) e outros tipos de dor crônica habitualmente beneficiam-se quando, além da atividade física e das medicações, algum tipo de psicoterapia é acrescentado ao tratamento. Lidar com uma dor crônica não é fácil, e pensamentos de desesperança, aflição e incapacidade são comuns. Muitos destes pensamentos são verdadeiras “armadilhas da mente” – o indivíduo não consegue afastá-los, e muitas vezes estes pensamentos são ampliados e colaboram para a persistência dos sintomas. Existem vários tipos de psicoterapia, e mais recentemente a terapia cognitiva comportamental (TCC) tem sido bastante estudada em pacientes com fibromialgia. A TCC é baseada na idéia de que a maneira com que se pensa afeta nossos sentimentos mais do que coisas externas, como pessoas e situações. Então, para que se modifiquem as emoções de uma pessoa, necessita-se alterar comportamentos e padrões de pensamento excessivamente negativistas. A natureza mais ativa desta forma de terapia e seu foco