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Jogo Patológico: características, fases e tratamento

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Um conceito antigo, o “modelo moral”, afirmava que o jogo excessivo era considerado um vício. O jogador era considerado um sujeito fraco, egoísta e irresponsável. Hoje, a comunidade científica afirma categoricamente que o jogo patológico não é um vício, não é um defeito moral, mas é considerado uma doença – modelo médico. À parte desse modelo médico, o jogo pode ser considerado um problema de controle. Considerar o jogo como doença permite um deslocamento da responsabilidade da ação do jogador a um processo de doença insidioso. A adição ao jogo não é somente jogar muito dinheiro ou perder muito tempo, a grande diferença entre um jogador adicto e o jogo de um jogador social é que este controla seu comportamento de jogar, estabelece limites para sua conduta. O adicto deixa de jogar quando o dinheiro acaba ou quando os familiares vêm buscá-lo. O controle de seu comportamento é externo, ele perde tal domínio quando joga. Uma particularidade que distingue o jogador adicto do jogador soc

A Fobia Social

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De acordo com o DSM-IV (APA, 1994), a fobia social se caracteriza por um medo irracional, persistente e intenso de uma ou várias situações sociais ou de desempenho, onde o sujeito está em contato com pessoas não familiares ou exposto à eventual observação atenta de outra pessoa. A ideia de ser confrontado com tais situações provoca uma significativa ansiedade antecipatória pelo receio de agir de forma humilhante ou embaraçosa. O medo de situações sociais leva a pessoa a evitá-las para não se deparar com uma situação ansiogênica* ou até aversiva. As situações de desempenho mais temidas são:  falar em público,  comer e beber na frente dos outros,  urinar em banheiro público entrar em uma sala onde já existam pessoas sentadas. As situações de interação incluem:  conversar ao telefone,  falar com estranhos,  participar de reuniões sociais,  interagir com o sexo oposto,  lidar com figuras de autoridade,  devolver mercadoria numa loja, manter contacto visual com pesso

TCC na Fibromialgia

Pacientes com fibromialgia (FM) e outros tipos de dor crônica habitualmente beneficiam-se quando, além da atividade física e das medicações, algum tipo de psicoterapia é acrescentado ao tratamento. Lidar com uma dor crônica não é fácil, e pensamentos de desesperança, aflição e incapacidade são comuns. Muitos destes pensamentos são verdadeiras “armadilhas da mente” – o indivíduo não consegue afastá-los, e muitas vezes estes pensamentos são ampliados e colaboram para a persistência dos sintomas. Existem vários tipos de psicoterapia, e mais recentemente a terapia cognitiva comportamental (TCC) tem sido bastante estudada em pacientes com fibromialgia. A TCC é baseada na idéia de que a maneira com que se pensa afeta nossos sentimentos mais do que coisas externas, como pessoas e situações. Então, para que se modifiquem as emoções de uma pessoa, necessita-se alterar comportamentos e padrões de pensamento excessivamente negativistas. A natureza mais ativa desta forma de terapia e seu foco

Síndrome do Intestino Irritável

O segundo cérebro Reduzido à essência, o aparelho digestivo é um tubo no qual órgãos como fígado, pâncreas e glândulas salivares despejam secreções para ajudar a digestão e absorção dos nutrientes necessários para a manutenção das funções vitais.Como é essencial que os alimentos engolidos progridam no interior do sistema, a seleção natural elegeu mecanismos de alta complexidade para assegurar movimentos de contração e relaxamento da musculatura das paredes do tubo digestivo que conduzam o bolo alimentar até o meio externo. A eles damos o nome de ondas peristálticas.Uma extensa circuitaria de neurônios disposta ao longo do tubo, conectada com o cérebro e com a medula espinhal, controla o ritmo das ondas peristálticas. Hormônios e mais de trinta substâncias conhecidas como neurotransmissores ajudam a modular os impulsos nervosos que trafegam de um neurônio para outro, com a finalidade de fazer o ajuste fino dos movimentos de contração e relaxamento que dão origem e mantém as ondas.Esses

Por que é difícil terminar uma relação?

Dizem por aí que o amor nos cega. Para a neurociência, isso tem um fundo de verdade: algumas regiões do cérebro responsáveis por julgamentos sociais -se uma pessoa é confiável ou não, por exemplo- ficam menos ativas quando contemplamos o objeto da nossa paixão, seja filho ou namorado. Talvez por isso eles costumem parecer mais bacanas aos nossos olhos do que aos dos outros. Pensando bem, se todos temos defeitos, quantos casais não deixariam de se formar sem a ajuda de uma cegueirazinha mútua para pequenos problemas? A cegueira social amorosa pode até explicar por que, quando as coisas vão mal, quem não está envolvido consegue enxergar razões suficientes para terminar um relacionamento mais facilmente do que as partes interessadas: o cara é um crápula, o ciúme dela é doentio, ele não pára em casa, ela gosta de outro. No entanto, mesmo quando a cegueira passa e temos consciência de querermos alguém que nos maltrata, despreza, ignora e às vezes até rejeita, a primeira reação do cérebro

Depressão x Tristeza

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A depressão é um transtorno psicopatológico muito freqüente. É comum escutarmos no nosso dia-a-dia pessoas que sentem uma grande tristeza, dizerem que estão deprimidas. É importante destacar a diferença entre tristeza e depressão, já que este é um transtorno grave, podendo levar a pessoa até ao suicídio. A primeira diferença está na intensidade com que acontecem os sentimentos, pensamentos e ações negativas. Todo mundo às vezes fica triste e pensa que tudo dá errado ou não sente vontade de sair de casa ou de se levantar, mas na depressão isso acontece com maior intensidade e maior freqüência, chegando a comprometer a saúde, os relacionamentos e o trabalho.  A depressão é desencadeada através da interação de fatores de ordem biológica, psicológica, histórica e ambiental.  Na depressão ocorre um ciclo vicioso entre pensamentos e ações que acaba sustentando e agravando a própria depressão. De uma maneira simplificada, uma pessoa que está deprimida pode acreditar, por exemplo, que é

A atuação do psicólogo com o paciente terminal

A morte é uma preocupação universal do homem. Atualmente se faz presente a necessidade e o ingresso do profissional psicólogo no contexto hospitalar. Neste contexto é importante perceber a forma de atuação e interação do Psicólogo com os demais profissionais da saúde e a relação com o tema morte e na lida com pacientes terminais. No trabalho psicológico com pacientes terminais inclui-se: Apoiar situações de crises tanto do paciente, quanto da família e da equipe de saúde; Presenciar situações de sofrimento em que outros não estão habituados; Promover o autoconhecimento e insight onde algumas defesas estão mais presentes; Promover mudanças específicas na forma de atuação conforme a situação exige: - Compreendendo as necessidades de interrupções nos atendimentos por conta de intercorrências e dificuldades do paciente, da família ou de procedimentos; - Dispor-se a atendimentos mais longos e muitas vezes silenciosos ou de escuta; - Promover maior acolhimento e conforto na

Traição: Mitos e Verdades

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A confiança é a base de nossos relacionamentos; quando somos traídos sentimos o mundo desabar sobre nós. O que fazer? Esse assunto até hoje gera muita discussão, e a psicologia também resolveu estudar esse fenômeno comportamental. Mas afinal de contas, por que as pessoas traem? Muitos fatores podem contribuir para uma traição, os que se destacam são o tédio do casamento e/ou da relação, a ausência da comunicação, quando não existe diálogo entre o casal e o fato de que muitas pessoas não sabem lidar com seus próprios sentimentos, com o comprometimento que uma relação exige. Pessoas que traem não conseguem assumir totalmente um determinado sentimento. Um estudo realizado pelo psicólogo especialista em relacionamentos amorosos Thiago de Almeida, discute sete mitos clássicos da psicologia dos relacionamentos amorosos . 1. Mito: Todas as pessoas são infiéis  Estatísticas Internacionais apontam que 60% dos homens e 90% das mulheres são fiéis ao longo da vida. 2. Mito: Ter um “caso

Psicologia Positiva - Martin Seligman

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O que a Ciência e a Psicologia tem a dizer sobre o Amor?

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O psicólogo David Buss, da Universidade do Texas, afirma em seu livro A Evolução do Desejo, em uma pesquisa feita com 10 mil pessoas, que os homens dão mais valor à beleza e à juventude, e as mulheres estão mais preocupadas com o nível socioeconômico do parceiro. Para esse fato existe uma explicação cerebral: o homem ao olhar para fotos de sua esposa/namorada, sua atividade cerebral se concentra nas áreas de processamento visual, como a área fusiforme, que processa a imagem de rostos. E quando a mulher olha fotos de seu marido/namorado, aciona circuitos relacionados à memória, atenção e motivação, como o corpo do núcleo caudato e do septo; logo para as mulheres a beleza não é o mais importante – isso significa que não deixa de ser, é somente mais um instrumento para conhecer melhor o homem. As mulheres, quando estão em busca de um caso passageiro, tem por hábito escolher homens de traços bem marcados, mais masculinos; e quando pensam em buscar uma relação séria, preferem aqueles de t

Transtornos Alimentares - sinais e consequências

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Os Transtornos Alimentares (TA) são resultado da inter-relação entre fatores biológicos, culturais e experiências pessoais. A Terapia Cognitivo Comportamental busca identificar e corrigir os fatores que ajudam no desenvolvimento e manutenção das alterações cognitivas e comportamentais que indicam um transtorno alimentar. Existem três transtornos alimentares: Transtorno do Comer Compulsivo ou Compulsão Alimentar Periódica, Anorexia Nervosa e Bulimia Nervosa.  Transtorno do Comer Compulsivo ou Compulsão Alimentar Periódica  Pessoas com este transtorno possuem hábitos alimentares como: ● Ingerir uma quantidade excessiva de comida, mesmo quando não tem fome; ● Comer até se sentir desconfortavelmente cheio ou mesmo agoniado; ● Esconder hábitos alimentares devido a vergonha ou embaraço; ● Esconder comida para episódios de voracidade; ● Esconder embalagens vazias ou caixas de alimentos e gerar lixo em excesso; ● Beliscar ou comer constantemente enquanto houver comida disponíve

Você têm Compulsão Alimentar? Faça o teste!

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Como está sua atitude com relação a comida? Leia atentamente as questões abaixo e escolha a alternativa que melhor descreve seu comportamento alimentar. 1. Como são feitas minhas refeições: a . Eu faço três refeições ao dia com apenas lanchinhos entre as refeições; b . Quando eu faço lanches pesados tenho o hábito de pular as refeições regulares; c . Há períodos regulares em que parece que estou continuamente comendo, sem refeições planejadas. 2. Quando eu como: a . Normalmente quando como é porque estou fisicamente com fome; b . De vez em quando como alguma coisa por impulso, mesmo quando não estou realmente com fome; c . Eu tenho o hábito regular de comer alimentos por impulso para satisfazer uma sensação de fome, mesmo que fisicamente eu não necessite de comida. 3. Como eu como: a . Eu não tenho nenhuma dificuldade para comer devagar e de maneira apropriada; b . Às vezes como rapidamente, sentindo-me desconfortavelmente cheio depois; c . Eu tenho o hábito de engolir

As Habilidades Sociais

Habilidade social é o “conjunto de desempenhos apresentados pelo indivíduo diante das demandas de uma situação interpessoal” (Del Prette & Del Prette, 1999). O comportamento socialmente hábil “é esse conjunto de comportamentos emitidos por um indivíduo em um contexto interpessoal que expressa sentimentos, atitudes, desejos, opiniões ou direitos desse indivíduo de modo adequado à situação, respeitando esses comportamentos nos demais, e que geralmente resolve os problemas imediatos da situação enquanto minimiza a probabilidade de futuros problemas” (Caballo, 1986, in Caballo, 2006). As habilidades sociais são aprendidas durante a vida; mas quando pouco desenvolvidas trazem prejuízo ao indivíduo como sofrimento emocional, por não saber lidar adequadamente em situações sociais. Algumas dificuldades estão em iniciar e manter conversações; falar em público; expressar amor, agrado e afeto; defender seus próprios direitos; pedir favores; recusar pedidos; fazer elogios e aceitar elogios;

O Atendimento psicológico domiciliar (Home care)

O Atendimento psicológico domiciliar ou Home care tem como objetivo possibilitar o cuidado psicológico às pessoas impossibilitadas de se transportarem ao consultório ou hospital. São pessoas com dificuldades de locomoção, permanente ou temporárias. Podem ser elas:           Pessoas em recuperação pós-operatória;           Deficientes físicos;           Idosos com dificuldade de locomoção;           Depressão           Síndrome do Pânico           Etc. O paciente/cliente, a família, o médico ou a equipe de saúde podem solicitar este tipo de atendimento. A partir deste pedido, o psicólogo faz uma avaliação para identificar as necessidades do cliente. Estabelece-se então,  o dia, hora e o período do atendimento para que o cliente e familiares possam se organizar. É natural que a família e o próprio paciente sintam certo constrangimento à presença do psicólogo dentro de casa, devido a exposições de informações que não gostariam de revelar; mas cabe ao psicólogo delimitar o seu espa