Traição: Mitos e Verdades

A confiança é a base de nossos relacionamentos; quando somos traídos sentimos o mundo desabar sobre nós. O que fazer? Esse assunto até hoje gera muita discussão, e a psicologia também resolveu estudar esse fenômeno comportamental.


Mas afinal de contas, por que as pessoas traem?
Muitos fatores podem contribuir para uma traição, os que se destacam são o tédio do casamento e/ou da relação, a ausência da comunicação, quando não existe diálogo entre o casal e o fato de que muitas pessoas não sabem lidar com seus próprios sentimentos, com o comprometimento que uma relação exige. Pessoas que traem não conseguem assumir totalmente um determinado sentimento.

Um estudo realizado pelo psicólogo especialista em relacionamentos amorosos Thiago de Almeida, discute sete mitos clássicos da psicologia dos relacionamentos amorosos.

1. Mito: Todas as pessoas são infiéis 
Estatísticas Internacionais apontam que 60% dos homens e 90% das mulheres são fiéis ao longo da vida.

2. Mito: Ter um “caso” devolve a paixão a um relacionamento monótono 
Estudos apontam que dificilmente relacionamentos estáveis se recuperam após uma infidelidade.

3. Mito: Quem é infiel não ama seu parceiro 
A infidelidade não é necessariamente a busca por um novo amor, mas alguns fatores como a busca pela “novidade”, intrínseca à natureza humana, podem contribuir para que ocorra uma traição.

4. Mito: A pessoa escolhida é melhor que a pessoa traída 
“Ninguém completa plenamente o outro, portanto, é preciso conviver com a falta e desenvolvermos as características que consideramos importantes e que possivelmente estão latentes nos parceiros que escolhemos” enfatiza Thiago. Isso significa que nem sempre se trai porque o amante é melhor, mas a própria ausência do parceiro contribui para que se realize uma nova conquista.

5. Mito: A culpa da infidelidade é do traído, porque não satisfez o parceiro 
A culpa não é de ninguém. “A ausência (física ou de apoio psicológico) do outro parceiro e a busca pela “novidade” apenas potencializam a traição”.

6. Mito: A melhor abordagem para a infidelidade é fingir que não se sabe de nada 
A maior dor não é ser traído, mas sim saber que o parceiro acredita que você ignore a situação. “A infidelidade não vem do sexo, mas do segredo”.

7. Mito: Após a traição é melhor acabar com a relação 
Assim como um relacionamento tem um contrato de fidelidade, quando ocorre a infidelidade se estabelece um novo contrato, com novos acordos. “Terminando-se a relação ou não, de qualquer maneira o evento da infidelidade será traumático. Mas estudos revelam que apenas três de cada dez pessoas traídas não perdoam o parceiro e se separam definitivamente”.

É possível o perdão nos casos de traição?
Sim. Em um primeiro momento o traído pode se colocar no papel de vítima, o que não facilitará a reconciliação, pois este papel só leva a pessoa a fugir das responsabilidades do momento ruim do casal. É importante ter em mente que a traição é problema do casal, logo devem assumir o problema sem culpar outras pessoas. A pessoa traída não pode achar que após o perdão terá o controle total sobre seu parceiro, esperando que este faça o que ela quiser isto demonstra que a história não foi esquecida, e na primeira discussão o assunto virá a tona. Este não é um perdão genuíno. Querer ouvir e buscar detalhes sobre a traição só irá piorar o processo de reconciliação por trazer mais revolta. Se a pessoa toma a decisão de perdoar, ela deve abrir seu coração e aceitar o fato de que foi traída; e depois atentar para a desculpa de seu parceiro, se ela é real e justa.
O verdadeiro perdão acontece depois de muitas conversas e reconquista de ambos; quando o relacionamento continua, a pessoa traída para de sofrer. A verdadeira reconciliação vem através do amor, caso não exista mais, a separação é o melhor caminho.

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